Vou tentar escrever um poema que não fale de beijo,
De carinho, de flor ou de espinho!
Um poema que seja um ‘emaranhado de palavras’,
Mas que não toque nenhum coração!
Amor sem poesia...
Poderia viver um sem o outro?!
Poesia sem amor...
E que graça teria isso?!
Não posso deixar de falar de amor
Por mais que pareça repetitivo, cliché, \'batido\' e cansativo!
Se é amor, tudo é válido...!
Tudo faz sentido!
Olhai os lírios no campo, as aves que gorjeiam, as nuvens que passam ou passeiam,
As ondas ou \'vagas\' que vagueiam, a garota de Ipanema e outras praias, as da favela,
As lindas professorinhas rodrigueanas, \'gonçalvianas,\'
Aquelas ‘botero-balzaquianas’, ‘sudanesas’ e sozinhas num ponto de ônibus desse mundo...
O Deus desse mesmo mundo, o próprio mundo vasto de Raimundos...
E o amor como a sua solução!
A poesia sem amor não teria uma rima pra flor!
Não teria tanta beleza e não haveria inspiração, pois com amor o ‘feio é belo’,
O choro é \'de alegria\' e qualquer sorriso é sincero!
Amor sem poesia não é amor, poesia sem amor não é poesia...
E sem amor o que eu seria...?!
Então não vamos só falar de amor.
Vamos fazer, praticar, cantar e distribuir!
O amor é uma entrega, uma troca, uma paixão,
Ascensão e é por alguém a sua queda!
Amor e poesia se confundindo, fundindo e se difundindo!
Amor do borogodó das loiras ao dengo das mulatas!
Se o amor for impossível não custa sonhá-lo!
Deus existe e uma de suas moradas é sob um vestido
E sua forma é a do amor!
Então não posso deixar de escrever, falar, pensar,
Viver ou ‘qualquer coisa’ sobre o amor.
A poesia sem o amor existe, mas não encanta.
O amor sem poesia, é só um sentimento
Que ninguém vive e nem canta!
Amor e poesia, uma perfeita união.
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