A aridez fixa e alinha,
quando encontra flagelo,
e numa rapidez daninha,
corta como um cutelo.
E no compasso do escasso,
o vazio deixa cicatriz,
colocando frenético, um traço,
que vai fixando como raiz.
Qual é a imagem que você tem,
da figura que você se desenhou?
Qual é a verdade que se tem,
da criatura que você se tornou?
A ligeireza então aprofunda,
fixando como um rizoma,
corroendo nas veias profundas,
o mais fatigado sintoma.
O desenho está estampado,
no seu corpo, na sua pele,
só que marca não é machucado,
para que se desaprove ou se nivele.
Qual é a estampa que você tem,
da gravura que você se revelou?
Qual é a realidade que se tem,
da pessoa em que você se inspirou?
E no imo que a mancha da tintura,
sobre a linha desenhou,
a sabedoria faz uma rial leitura,
do registro permanente que ficou.
Os fragmentos sobram ao chão,
numa resposta sem vivacidade,
e no regozijo entre o sim e o não,
não há mais, sequer, liberdade.
Qual é o desenho que você considera,
do esboço em que te abarcas?
Qual é a certeza que você espera,
de um humano cheio de marcas?