Hébron

Fluidamente

 

Espero-te 
Nas eternidades furiosas das ondas 
em ressacas

 

Sonho-te 
Nos bordados de espumas 
das arrebentações 

 

E na quietude de todas as marés 
Guardo-te

 

No bailar das várias águas 
temperadas em lágrimas 
Tenho-te 

 

Encontro-te 
Na doçura da água 
que mata a minha sede

 

No minadouro perene que emana 
o frescor das entranhas do chão
Celebro-te 

 

Acolho-te 
Nessa seiva que a terra absorve em plenitude 
e nesse incessável renascedouro d\'água 

 

Sigo-te 
Nas águas das corredeiras que correm e nas cachoeiras em queda 

 

Levo-te 
Leve na leveza das águas 
sublimadas passeando pelos céus

 

Nos bordados de espumas das arrebentações 
Sonho-te