Jucklin Celestino Filho

A ÁRVORE DA MALDADE

 

Que estranha a vida!

Já vi garrancho

Virar forte tronco:

Crescer, se agigantar,

Virar imensa árvore!

Crescia... crescia a árvore.

O seu tronco imenso

Tudo dominava.

 

No dercorrer da vida,

O progresso

Desse que fora

Um simples garrancho

Foi sendo visto -- cada

Vez mais crescendo...

A árvore giganteca

Ia criando raízes imensas.

E por diversos

Caminhos se multiplicava.

 

Era uma árvore admirada

E requisitada por todos.

Todos a queriam tocar.

Era considerada como

Um oráculo.

Todos a consultavam.

 

Verdade que tinham

Receio de a incomodar.

Era uma potestade

Muito respeitada.

Ninguém podia tocá-la .

 

Correu a roda do tempo.

Mudou-se a rota do vento.

Muita tempestade desabou.

As águas rolaram abundantes ,

A correnteza foi espalhando

A sujeira: mostrou da árvore

O lado podre...!

 

Um galho intruso

Se imiscuiu na história tão

Imunda da árvore da maldade,

E muita imundície descobriu.

Descoberto o engado.

A portentosa árvore murchou.

No chão jaz agora!

 

Que estranha a vida!

Um dia, fizeram de um

Mísero garrancho ,

Gigantesca árvore ,

E tal coisa,

Era tão pequenina!

Voltou ao status real:

Um simples garrancho!