Que estranha a vida!
Já vi garrancho
Virar forte tronco:
Crescer, se agigantar,
Virar imensa árvore!
Crescia... crescia a árvore.
O seu tronco imenso
Tudo dominava.
No dercorrer da vida,
O progresso
Desse que fora
Um simples garrancho
Foi sendo visto -- cada
Vez mais crescendo...
A árvore giganteca
Ia criando raízes imensas.
E por diversos
Caminhos se multiplicava.
Era uma árvore admirada
E requisitada por todos.
Todos a queriam tocar.
Era considerada como
Um oráculo.
Todos a consultavam.
Verdade que tinham
Receio de a incomodar.
Era uma potestade
Muito respeitada.
Ninguém podia tocá-la .
Correu a roda do tempo.
Mudou-se a rota do vento.
Muita tempestade desabou.
As águas rolaram abundantes ,
A correnteza foi espalhando
A sujeira: mostrou da árvore
O lado podre...!
Um galho intruso
Se imiscuiu na história tão
Imunda da árvore da maldade,
E muita imundície descobriu.
Descoberto o engado.
A portentosa árvore murchou.
No chão jaz agora!
Que estranha a vida!
Um dia, fizeram de um
Mísero garrancho ,
Gigantesca árvore ,
E tal coisa,
Era tão pequenina!
Voltou ao status real:
Um simples garrancho!