A Gamboa chora triste
A matança da polícia
Que com sua imperícia
Chega com fuzil em riste
O povo com medo assiste
Clamando apenas respeito
O sangue jorra do peito
Só pedem paz nos seus planos
Peço direitos humanos
Não só pra humano direito
A cor é sempre igual
Preto caído no chão
Um horror e maldição
Preconceito ancestral
Na terra do carnaval
Eu triste sina rejeito
Esse infeliz preconceito
Jogado embaixo dos panos
Peço direitos humanos
Não só pra humano direito
O poder finge não ver
Toda tragédia perpétua
Corpo caído na rua
Povo precisa rever
Mudar ação só prever
Lutar contra o mal feito
Será que não terá jeito
Tragédia de muitos anos
Peço direitos humanos
Não só pra humano direito
A mãe clama por justiça
A Deus e não mais da terra
A justiça desceu a serra
Vejo apenas injustiça
O poder é uma carniça
Cadê governo e Prefeito
Só vejo muitos não planos
Peço direitos humanos
Não só pra humano direito.