Quisera mergulhar no oceano do sossego
Nele afogar tantas ânsias e medo
Em meio ao circo de horror
Tornamo-nos pierrôs
Impera o ego no picadeiro…
Na plateia, não há razão, nem lugar para risos
A morte abate, para contê-la, não sobra dinheiro
O ódio necessita de armas para matar a fome
Quando a guerra impera, alimenta- se de homens
Ainda que nada reste, vitória será plena em dores
O planeta se mostra, quem domará sua fúria?
Vomita, inunda, sacode e lança suas armas
Talvez o humano acorde, ainda há tempo, creio
Ou à terra, será lançado todo homem…
Ema Machado