Ema Machado

Fúria de gigantes

 

 

Quisera mergulhar no oceano do sossego

Nele afogar tantas ânsias e medo

Em meio ao circo de horror 

Tornamo-nos pierrôs 

Impera o ego no picadeiro…

Na plateia, não há razão, nem lugar para risos

A morte abate, para contê-la, não sobra dinheiro 

O ódio necessita de armas para matar a fome

Quando a guerra impera, alimenta- se de homens

Ainda que nada reste, vitória será plena em dores

O planeta se mostra, quem domará sua fúria?

Vomita, inunda, sacode e lança suas armas

Talvez o humano acorde, ainda há tempo, creio

Ou à terra, será lançado todo homem… 

Ema Machado