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O aprendiz

Livra-me do ciúme !

 

Livrai-me Senhor do tal ciúme
Guarda-me para eu não tê-lo
Pois sua altura supera a do alto cume
E no passado foi a ruína de Otelo

Afasta-me deste exagerado zelo
Que não separa a verdade da ilusão
Possa eu confiar nela com desvelo
Disposto sempre a lhe estender a mão

Mas, se fatos provarem o contrário
E incontestáveis sejam o engano e a
traição
Não me leve o furor a cometer erros

Que siga ela sua caminhada
Para mim se tornará página virada
Vão-se os anéis, ficam os dedos !