O vento forte me abraçou.
Noite escura, fria e solidão.
Congelada por dentro já não sinto a respiração.
Lentamente caminho, pois a lamparina se apagou.
Sinto medo de me perder do caminho perdido em que estou.
O vento forte que me abraça sussurra em meus ouvidos: segue em frente pequenina, caminho contigo, te protejo do perigo.
Sou gelado, porém, sei amar.
A porta está entreaberta, porém não permite a passagem do vento.
Lágrimas caem, grito preso na garganta e amargas lembranças me assombram.
Eu confiei e cada vez que me abrir me quebrei.
Como cacos de vidros esparramados, assim estou.
Unidos mente e coração criou uma cerca de proteção e hoje ninguém atravessa ela com facilidade.
Agradeço ao vento, no entanto, preciso seguir só para encontrar o meu verdadeiro caminho.
Orgulhosa? Não digo isso.
Há humildade ainda habita em mim, contudo aprendi que nem todos que te abraçam com palavras bonitas querem realmente seu bem.
Junto os fragmentos que ainda me resta e sigo meu caminho escuro, frio e solitário.
O percurso é grande e desafiador, mas os desenganos me fortaleceram o bastante para não desistir até alcançar o sol.
Sim, serei radiante como sol!
Sim, você será radiante como sol!