EDIEL, FADA POESIA! PARTE II.
DESPERTAR DE EDIEL
Ediel desperta assim,
Acorda sempre preguiçosa,
Mas com os cheiros das rosas,
Sai correndo ao seu jardim.
Dança sempre ao Sol nascente,
Faz piruetas ao Astro-rei,
O que lhe conta não sei.
São coisas de outros tempos,
Outras vidas, movimentos,
Que nunca vamos saber,
Porque os mortais humanos,
Com suas crenças e enganos,
Talvez não possam entender.
Ediel brincando ao Sol
É um quadro comovente,
Linda, solta e sorridente,
Brinca com os raios entre os dedos
E confessa os seus segredos,
Sentindo os cabelos ao vento.
Depois da dança matutina
Com seu jeito de menina
Uma Ediel afogueada,
Alegre volta a morada,
Sua casinha de fada
Para de novo dormir.
Ela é cheia de manhas
E faz muitas coisas estranhas,
Fazendo a gente sorrir.
(LEIDE FREITAS)
O ENTARDECER DE EDIEL
Ediel, acorde, o amor bate a porta.
Sabia, que as fadas também
se apaixonam?
Mas que fadinha danada
Dengosa e apaixonada.
Quem dera, fosse eu, sua paixão
Iria desbravar florestas
Fazer festa
Domar dragão
Ediel, é brejeira e esperta
Nem domas o próprio coração
Leio seu pensamento
Ediel... Ediel, atente, o vento traz
Boas novas
Elfos e belos fados,
Apaixonados por ti
Como uma bailarina sorri
Já tomei todos cuidados
Recuso todas essas provas
Meu coração já tem dono
Acredite, é humano
E se parece contigo
Nem baixo, nem alto
Tem um sorriso amigo
No seu bem-querer me exalto
Confesso, estou melindrosa
Hoje queria ser rosa
No tronco do arvoredo
Ediel... Ediel, tão graciosa,
E com medo
Diz o passarinho,
Daqueles que voam sozinho
Pobre Ediel, é fada e fêmea
Suas íris dissolve enigmas...
Sabe que somos almas gêmeas.
(SHIMUEL)