Fabiano da Rocha

Sideral

 

Sempre quero ver-te azul

Onde o mundo banha nu, nu!

Nessa selva intempestiva, clandestina

Que me faz admirar e amar

Amar a vida, o oceano, a linda

O onipotente é o despótico correto

Entre trevas e luz fez-se jus

À realidade imaginária do pensante blues

Prefiro volatilizar a ação, não mais

Ação, reação, redenção, tudo o mais

Estrelas no céu, felicidade à vista

Ondas no mar e o pensamento flutua

Bálsamo verde que à mente entorpece

Apocalipse belo é o amar

Alguém na rede cantando a melodia

Seria translúcido o demente? Vil?

Malditos insetos que povoam o ser

O mito desmistificado, místico viver

Consideravelmente sideral