Apenas mais um…
De que barro, fui feito!
Um barro venal?
Paira uma dúvida, não tem jeito
Preciso de respostas, nada parece normal
Em terra estranha me sinto
Onde o dinheiro é Deus, e o resto, imperfeito…
Olho estrelas em busca de algo
Vejo apenas, olhos que me piscam, percebo
Não estou aqui, procuro por mim…
Hoje no espelho, vejo um rosto irreal
Por vezes, esboça um sorriso
Enquanto a alma, desaprova a cena
Felicidade, é vestimenta tão superficial…
Deus! Vejo-me, tão pequena!
Tantos se julgam perfeitos, e eu?
O espelho não responde, repleta de anseios
Questiono o ser que nele vejo
Sou, você? Ou apenas, reflete o que almejo
O barro ideal! Sei, nada vales…
Um dia voltarás à mãe solo, terra natal…
Ema Machado