Broto de esperança
Um minuto de leveza
Deixo-me conduzir, há uma pérola
Sob a concha, procura luzir
Ouço sons, o silêncio não canta
Corre em segundos, notas de esperança
Ínfimo minuto, nada parece ruir
O amor percorre o corpo, corre nas veias
Anseia fluir, deixo-o conduzir
Em um dia cinza
O azul jaz oculto, não importa
Outros dias entrarão pela janela
Pintará novas telas, o verde, sempre brota…
O rio corre, corta a mata, dela zela
A sustém, asperge beleza e leva folhas mortas
A natureza é orquestra, moucos ouvidos
Teimam em não ouvir
Ouço a tristeza do silêncio, mudo é o concreto
Más, esperança passou por aqui…
Ema Machado