São poucos os que tem o dom,
São poucos os que tem o dom,
E nem que a gravidade me puxe,
Eu sempre volto, sempre volto.
São poucos os que tem o som,
São poucos os que tem o som,
E nem que no espaço flutue,
Eu sempre volto, sempre volto no chão.
São poucos os que são,
São poucos os que são,
Na maioria são mornos, pagam contas,
Eu parado gastando tempo em contos.
Eu calo a boca conservo minha tinta,
Chego em casa abro minhas peles,
Escrevo no caderno, em mil páginas.
Eu já venci!! Eu já venci!!