Embrulha-se o cerrado no véu negro
Num descorado manto de melancolia
O anoitecer parece sussurrante canto
Ressoando as ladainhas da Ave-Maria
E neste espetáculo de um mimo tanto
O completar do clarão de mais um dia
Esvai-se o feito num contínuo encanto
Pra encenar a lua tão cândida e luzidia
No terreiro, vaga-lumes, tão distantes
No seu bailado cintilantes e delirantes
Decoram as tardes pra na magia tê-las
Faz-se noite, que nos seja bem vinda
Linda, leve e de tranquilidade infinda
Balsamado com o cheiro das estrelas
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25 janeiro, 2022, 20’44” – Araguari, MG
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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol
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