Olhar de fogo, calor febril
Flashs de memórias, lembranças...
A vida repassando em pequenos atos
Fio frágil de esperança
E o temor de deixar tudo para trás
Sem ver as flores no jardim dos amores
Sem o azul do céu e os olhos das estrelas
Não mais borboletas pousando felizes
Na tela do coração, perfeita aquarela
Não mais serenatas em noite enluarada
Ao som da harpa de um anjo apaixonado.
Não mais os pássaros em revoada
A pousar nas rimas de um poema de amor
No vão dos dedos tudo se esvaindo
A vida sem valia, se despedia...
Parecia insignificante ao chegar...
Ganhando espaço, porém
Desarrumando tudo
Instalando o caos
Células desajustadas
Luta desigual
Combate ao inimigo invisível
Na incerteza e delírios
É luta meio inglória
Talvez até fazer história
Pra que sirva de lição
Que o cuidado é sempre pouco
Não pode fazer-se de louco
E o medo de deixar os amores
As amizades e as flores
Abraçados às dores
Ao pranto e lamento
Então...
Aos poucos, as forças renovadas
Como se a vida fosse outra vida
Não mais medo de despedida
O dono da vida e da morte escreveu
E a esperança renasceu
A vida, eterna, em muitas vidas...
Vida, de novo, vida!!!