Com a vodka Absolut eu me encantava
Pela eufórica ação nela contida,
Horas a fio, então, me embriagava
Sem nunca desejar outra bebida.
Pois o estro a poetar estimulava,
Divinas musas vinham por guarida Ao meu anseio e assim eu me julgava
Co\' a mente, de Sileno, ressurgida.
Já no Brasil, porém, com a vivência
Entre o meu povo na sociedade
Fiz-me afeito à Smirnoff, de preferência.
A vodka não \'diz\' a embriaguez,
Inda ao sonetear, sem sobriedade
Eu demonstro ambiência e polidez.