Vingança, seu nome é resistência,
embrulhada com um nada,
e muita excrecência.
Serve-se da penúria,
e traça uma linha ardilosa,
enlameada de luxúria.
Incredulidade por um fio,
resíduo de um deboche escancarado:
“Prato que se come frio”.
Vingança publicada:
- O ceticismo cegou!
Vingança, sem verso de pronúncia,
besuntada de escárnio,
e calcificada em denúncia.
Eleva-se pelo descaso,
e joga a podridão no assento,
arrebicado pelo cinismo e atraso.
Sem regra, sem nada,
ultrapassa a intuição:
“Carroça desgovernada”.
Vingança socializada:
- O blefe estabeleceu!
Vingança, sua história estilhaça,
decompõe toda a serenidade,
na mais entojada negaça.
Sustenta pelo estranhamento,
vilipendiando todo conceito,
por um prazer sórdido e gosmento.
Refém da iniquidade,
entoga a insensatez:
“Justiça da maldade”.
Vingança monetizada:
- O amorfo personificou!
Vingança, miséria denunciada,
combatida com todo vigor,
para ser altamente acoimada.
E diante de toda uma protensão,
que nada mais se formalize,
nesse gestual tão sem noção.
O ódio, na sua extremidade
alicia, extenua e conflita:
“É a vingança do covarde”.
Vingança extirpada:
- A barbárie acabou!