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Ema Machado

Sem saída…

 

 

Sim, te amei

E foi tanta loucura, que, deveria ser doce, tornou-se tortura

Vi em nós, o que não existia

O sentido, não importava

Havíamos sucumbido, sobre tantas travas...

E, eram apenas migalhas o que recebia

Desvencilhar deste sentimento, foi preciso

Porém, é como vício, diariamente refaço o trajeto

Ainda assim, perco o juízo

Sinto falta da tua existência ao lado da minha

Tua boca e mãos sedentas. Teu olhar inquilino, inquieto…

Vivo dia a dia, atendo-me aos

sintomas de recaída

Não sei o que acontece 

Eu sem você, sou ilha, a rua sem saída

Sou barco sem vela, sem rumo certo

Sou grão de areia no deserto

Perdida…

Ema Machado