Numa típica noite fria, um breve feixe de luz me encandeava com sua claridade
Com os olhos entreabertos, olhei em direção, e fiquei mudo diante de tanta intensidade
Um brilho forte em meio a maré, ofuscando qualquer outro rastro de luz sobre o oceano
Lua? Estava diferente, talvez fosse um engano.
Dia após dia, fechava meus olhos e adormecia sob aquela luz
Mas…Lua!? Seu brilho era diferente a cada vez que a encarava.
Talvez fossem meus olhos, talvez o problema existisse onde eu não enxergava.
Minguante, nova, cheia ou crescente? Dentre elas, qual iluminava?
Semanas, noites escuras, olhava aos céus todos os dias.
- “Lua, você está aí?”
Para onde fugia?
Esperava por você, mas tu se escondia.
Sem motivos aparentes, onde estava a luz que tanto refletia?
Tantas dúvidas, Lua, tantas questões.
Por quê, Lua? Por quê sumia sem deixar explicações?
Será que sabia que meu único motivo de olhar o céu era que tu surgia?
Será que sabia que sem o teu brilho a minha respiração pesaria?
Lua, a cada dia que passava, a cada fase, de tantas formas diferentes tu brilhava…
Minguante, nova, cheia e crescente, em cada uma delas teu brilho era diferente.
Lua, queria que tu falasse, para que estas questões eu não tivesse que desvendar.
E para minha infelicidade, consegui uma resposta: tu era a Lua de outro mar.