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Willie Stchaikovski

Lua

 

Numa típica noite fria, um breve feixe de luz me encandeava com sua claridade

Com os olhos entreabertos, olhei em direção, e fiquei mudo diante de tanta intensidade

Um brilho forte em meio a maré, ofuscando qualquer outro rastro de luz sobre o oceano 

Lua? Estava diferente, talvez fosse um engano. 

 

Dia após dia, fechava meus olhos e adormecia sob aquela luz

Mas…Lua!? Seu brilho era diferente a cada vez que a encarava.

Talvez fossem meus olhos, talvez o problema existisse onde eu não enxergava. 

Minguante, nova, cheia ou crescente? Dentre elas, qual iluminava? 

 

Semanas, noites escuras, olhava aos céus todos os dias. 

- “Lua, você está aí?”

Para onde fugia?

Esperava por você, mas tu se escondia.

Sem motivos aparentes, onde estava a luz que tanto refletia? 

 

Tantas dúvidas, Lua, tantas questões. 

Por quê, Lua? Por quê sumia sem deixar explicações? 

Será que sabia que meu único motivo de olhar o céu era que tu surgia? 

Será que sabia que sem o teu brilho a minha respiração pesaria?

 

Lua, a cada dia que passava, a cada fase, de tantas formas diferentes tu brilhava… 

Minguante, nova, cheia e crescente, em cada uma delas teu brilho era diferente. 

Lua, queria que tu falasse, para que estas questões eu não tivesse que desvendar.

E para minha infelicidade, consegui uma resposta: tu era a Lua de outro mar.