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Shmuel

Esbarra nos olhos teus, a luz dos olhos meus!

Esbarra nos olhos teus, a luz dos olhos meus!

(Resposta da poeta Leide Freitas ao poema Luz dos olhos teus)

Quando brinca de Adeus

Rouba todos os sonhos meus

Qual criança, eu choro

Brinda-me com regalo

um débil e pálido sim

Revestido de não

Vivo nesta indecisão

Assustado na gangorra

Desgovernada do seu coração

Sei que por vezes, se diverte

Com essas estripulias

De mangar de mim

Aje como se eu fosse um              

brinquedo indesejável

Atiça meus medos

A seu bel contentamento

Quando este jogo virar

Não farei moedas de troca

Já pensou nesta possibilidade?

Um dia dobro a aposta

Diante do confiante jogador

Eu banco a mesa

Enquanto a sorte não vira

Me reservo no meu canto            

Quero que saiba, não por mim,  mas pelas entrelinhas destes versos, ainda é a luz

dos olhos meus

Que alumina minhas dores,  meus prantos

Sigo plangente na claridade Ofuscada,  

quem ama evita, 

ou tenta escapar da total 

escuridão, onde perambulam os amores desvalidos.

( Shmuel)

 

Não quis brincar de adeus

Não quis roubar sonhos teus

Se fiquei nessa gangorra

Foi por pura indecisão

Meu amor eu tive medo

Por não saber teus segredos

Eu quis usar a razão.

Eu nunca me diverti

Com essas estripolias

E nunca manguei contigo

Não fiz de ti um brinquedo

Não quis atiçar teus medos

A meu bel contentamento.

Nisso estás enganado

Mas digo em minha defesa

Que não quis virar a mesa

E nem quis ganhar o jogo.

Eu vou tentar explicar

A minha situação

E se você recordar

Tentei apenas voar

as não deu, fiquei no chão.

Fiquei um tempo sem norte

Mas o fio que tece a sorte

Me devolveu a você.    

  Todas  as tentativas                            

foram frustradas

Se em ti doía assim

Também doía em mim

Eu queria ser amada.

Só depois que entendi

Que algo forte nos une

Um amor inusitado

Algo nunca explicado

Foi que segurou a gente.

Tu és agora o jogador

Agora o jogo virou

Não farás moedas de troca

E dobrarás a aposta

Tomando conta da mesa.

Agora fico no canto

E digo através de versos

Se eu eras a luz dos olhos teus

Hoje és a luz dos olhos meus

Agora tudo é inverso

Mas tem o poder nas mãos

Pode me dar teu perdão

Ou me mandar ao inferno.

(Leide Freitas)