Jonas Teixeira Nery

Devassidão

Ardentemente te desejo nesse quarto!

Absurdamente livre, entre paredes decadente,

contaminando planos, nessa realidade concreta.

Morada permanente desse corpo avesso.

 

Ácidos momentos, dessa vida ardente.

Eterna saudade segregada estupidamente.

Sarcasmo nítido, nessa oferta premeditada,

banalizando teu corpo nessa entrega.

 

Errante estrada construída, convida!

Ardentes suspiros, falsas carícias...

Caos profundo, corroendo tua boca.

Emoções contidas nessas sombras!

 

Eco envolvendo essa dor sentida.

Mulher devassa, penetrando frestas.

Lamentos constantes nessas despedidas.

Deserto presente em um crepúsculo súbito.

 

Assim que renascem todos meus desejos,

Todos os sentidos nessa vida de desencontros,

nessas entregas, nessa devassidão, nesses momentos.

Assim deixamos resplandecer a aurora de um novo dia.