Com teu silêncio adeja esses ares,
Luar de grandes olhos macerados,
A sombra que me segue sem cantares,
Já viste entre os círios apagados.
E buscando outros olhos magoados,
Foi seguindo na trilha dos luares,
O cântico dos tempos já passados
Vibrando em nostálgicos pesares.
À meia-noite nessas umbrosas,
Vibram sutis as cordas lacrimosas,
Imagens que se perdem num olhar...
Outro poente de luz a padecer,
Que levaste meu sonho a se perder,
Nas árias merencórias do luar.
Thiago Rodrigues