O homem vive por si e morre por todos,
quer o bom e não quer ser esquecido,
porém, somente o mau lhe dá ouvido.
Vive nos rios, sujo, com os lodos
e conscientemente faz engodos
para atrair qualquer amor crescido.
Chora quando não é correspondido,
limpa sua tristeza com mil rodos.
Por tanto sofrer, sente prazer nisso.
Se decide entre vida ou compromisso
e se arrepende como o Deus das águas
que pelos homens manda seu dilúvio.
O homem tem em si a força do Vesúvio,
no entanto, existe para jorrar mágoas!