Ivan

ONTEM

Dentre os coqueiros daquela avenida

O vento sopra um mar de alvíssaras,

É um dia quente e há chuvas raras

Que minimizam do calor gente tímida.

 

O mar se agita diante de olhos vagos

Que buscam respostas do pretérito,

Mas é presente, passado é cemitério

E enterrados estão todos os afagos.

 

Sob a luz solar muitos isolam o futuro,

Nos pensares vulcânicos nada há puro

E sobre o dia de ontem só há imagens...

 

Só lágrimas de saudades e mais nada

Vociferam nas faces tristes a estrada

Onde se viveu de amor mil tatuagens!

 

 

DE  Ivan de Oliveira Melo