Amo as tristezas que habitam meu coração
Amo meus dias incertos e minhas revoltas
As que veem de fora, de dentro, não importa,
São bem vindas e provocam minha inspiração.
Amo os caminhos poucos que me restaram,
Amo meus olhos que mal enxergam pouco
Da minha voz pequena com seu som rouco
Dos ouvidos, a mudez dos que não ouviram.
Amo os passos que dei, os amores que tive
Os soluços nas noites, esperanças e alento,
Amo as dores da vida, agonia de quem vive.
Amo as letras que escrevo, luz que me alumia
Amo a tudo, o insondável o impuro e o perfeito
Amo a verdade, a mentira, a morte... a poesia!