Carlos Lucena

URBE CELESTIAL

Vejo a noite!

E contemplo o longínquo éden

De etéreas sombras cintilantes.

Pérolas luzidias

De tiaras luminosas

Coroam a majestosa urbe celestial

Enquanto que o nimbo diurno

Foi tragado pelo sereno cristalino

Da prata nebulizadora

Dos ares atmosféricos

Que juntado -se ao odor noturno

 Perfuma de languidez

O seio matriarcal

Dos encantadores astros.

...E a bela madona de colares lácteos

Sobre os umbrais do universo

 Repousa no colo

Da matriarca luminosa.