Ah, a plenitude dessa mulher!
Anjo puro de frontes virgens, nessa candura,
objeto de meus desejos que contemplo,
ousando, nesse transbordamento de carícias.
Cândidos fulgores exalam nessa noite,
suaves intenções me embalam,
desatando-me dos devaneios, enlaçando-a,
nesse bafejar frenético de desejos.
Ah, esse corpo virginal, privilégio meu!
Prisioneiro dessa paisagem, desse corpo febril,
permanentemente órfão de afeições.
Nos seus folguedos, comprometo-me!
Brinco com seu corpo, sem meneios.
Animadamente nos atrevemos.
Minhas mãos curiosas percorrem seus relevos.
Seu corpo treme, duvidando, entre lençóis,
nesse aconchego confidencial entre palavras macias.
Não nos contrariamos francamente.
Furtivo, roubo esse acanhamento entre suspiros exagerados.
No resplandecer desse dia pleno, sorvo sua boca.
Enlaçados, permanecemos nus, nesse fogo lento.