Floresce o jasmineiro em brancas flores,
Nas árias d\'um luar assim tão ledo,
Adeja o teu jardim as minhas dores,
Na penumbra d\'um vetusto arvoredo.
O vento a te levar quando tu fores,
Fenecida pétala nesses ermos,
Hoje anda nos caminhos sem palores
Onde o brilho do olhar volveste cedo.
Quando vibra a mágoa na solidão,
Em lágrimas inundam-lhe meu rosto
Meus olhos que olhar-te para ti irão...
Ó sonhos que vi numa sombra morta,
Quando morria em meu peito um desgosto
Como a luz de um luar em tua porta.
Thiago Rodrigues