Dois poetas apanhados em meio a praça pública, seus crimes eram estar perturbando a cidade com suas poesias; presos e feridos pelos açoites, não se queixavam pareciam estar felizes pelo motivo das suas prisões; mesmo encarcerados a poesia estava livre dentro deles e pronta a saírem por seus lábios cortados, resolveram fazer um Sarau ali mesmo e revesando, começaram a recitar.
Como uma brisa suave, seus versos penetravam os ouvidos dos outros prisioneiros que ficavam arrebatados ao ouvirem, até se esqueceram da situação que se encontravam, como um coral junto passaram a também cantar.
Melodias e poemas subiam feita fumaça no ar. Alcançando assim o céu onde o Criador pode escutar.
Já era meia-noite, quando anjos e prisioneiros começaram aplaudir, o som era tão alto que os grilhões caíram e todas as portas se abriram; agora preso estava o carcereiro em seus medos e preocupações, com sentimento de culpa tentou tirar a própria vida, interrompido pelos poetas, com todos os presos que ali ainda se encontravam, acalmado com a presença de todos, pediu ao poeta uma poesia que podia o livrar. Pensava consigo mesmo,\" como pode estando presos recitam beleza e poemas sem parar? Enquanto eu que sou homem livre, tento a vida me tirar, quero essa tal liberdade que não achei em outro lugar.”
Os poetas assim fizeram e tudo que era mais belo lhe ensinou, depois de livres e inocentados para sua casa o homem voltou, levando os dois consigo e de suas feridas ele mesmo cuidou.
Repartindo com a família, poesias de amor, versos que liberta e apaziguá toda a dor.
Um novo poeta nasceu e não parava de recitar, que existe um Criador que pronto está a nos salvar.