Conjugo em todos os tempos, abjeta…
O passar impávido das minhas eras
Nomino esses dias como quimeras
Do todo existido na minha alma inquieta.
Nada foi em vão, pois foi o que escolhi
Nunca foi um jogo incauto de aprendiz
E tudo foi intenso mesmo que infeliz
Do orgasmo ao choro de tudo que vivi.
No ocaso dos meus tempos, regurgito:
Refletir parece ser insano, impessoal
E mesmo com nó na garganta, grito.
A efemeridade da existência é repulsiva
Um gosto de tudo e nada do existencial
Morrerei como ermitão nesta vida passiva!