Haroldo Max de Sousa

CONJUGAÇÃO EXISTENCIAL

Conjugo em todos os tempos, abjeta…

O passar impávido das minhas eras

Nomino esses dias como quimeras

Do todo existido na minha alma inquieta.

 

Nada foi em vão, pois foi o que escolhi

Nunca foi um jogo incauto de aprendiz 

E tudo foi intenso mesmo que infeliz 

Do orgasmo ao choro de tudo que vivi.

 

No ocaso dos meus tempos, regurgito:

Refletir parece ser insano, impessoal 

E mesmo com nó na garganta, grito.

 

A efemeridade da existência é repulsiva 

Um gosto de tudo e nada do existencial 

Morrerei como ermitão nesta vida passiva!