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Francisco Mourão da Silva

Devaneios

Bem aqui no silencio do meu quarto e nos braços da solidão me conforto, despeço-me do dia que termina, sem um abraço.
Enquanto que lá fora a cigarra canta e chora, se despedindo do dia que vai embora e que jamais voltará.
E é assim que fico pensando nas coisas, nos acontecimentos do lado de lá, onde eu nunca fui importante, nem mesmo no sonhar.
Hoje, bem aqui no meu viver, volto a falar, pedindo a quem escreve a minha história, um dia, apenas um dia a mais, para com ela eu deixar de sonhar.

 

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