Esse poente que ao longe me observa
No limiar da tarde ofuscando a pradaria
Abraçando o sol, montanhas, sem reserva
Deixando a noite chegar e empalidecer o dia.
Nem céus, terra, mar, nem o infinito é eterno
Muito menos meus sonhos, desejos de alforria…
Mas sonho, sonho como criança no ceio materno
Beber do leite da vida cantarolando uma melodia.
E em notas aos quatro ventos que me permeia
Namoro o esconder do sol, essa joia lapidada
Saboreando o luar de prata, altivo, que surgia.
E enrolado nos veludos da noite a enegrecer
Passado as estrelas, a brisa fria da madrugada;
O nascente! ver surgir o sol e depois o entardecer!