Haroldo Max de Sousa

ESPERANÇA

Esse poente que ao longe me observa

No limiar da tarde ofuscando a pradaria 

Abraçando o sol, montanhas, sem reserva 

Deixando a noite chegar e empalidecer o dia.

 

Nem céus, terra, mar, nem o infinito é eterno

Muito menos meus sonhos, desejos de alforria…

Mas sonho, sonho como criança no ceio materno 

Beber do leite da vida cantarolando uma melodia.

 

E em notas aos quatro ventos que me permeia 

Namoro o esconder do sol, essa joia lapidada

Saboreando o luar de prata, altivo, que surgia.

 

E enrolado nos veludos da noite a enegrecer 

Passado as estrelas, a brisa fria da madrugada;

O nascente! ver surgir o sol e depois o entardecer!