DEVIR
Faço desse momento presente o renascer
Reinvento o melhor, quero o teu suor
Transmuto, mudo, deformo
Componho e recomponho
Danço rodopio giro feito peão
O futuro não é mais ilusão
É e sempre será teu o meu refrão
Hoje novos tempos novos ares
Nova temperatura
Invento apago rabisco
Me deformo me borro me rasuro
E encontro em mim a tua nomenclatura
Agora eu sou outro
Apago, rasgo, escrevo e me pinto
Penso que mudei transmutei
Mas é no teu corpo que eu me sinto, pressinto
Nada mudei
É na tua carne que escrevo
É no teu corpo que posso ser o que sou
Contiguidade do tempo
Reiniciar, recomeçar exercitar o sonhar
E tornar real
A vida é o que há de vir
Permitir o amar e sorrir
Recomeçar...
Sou agora apenas um pobre diabo
Tua lucidez juvenil é tudo ilusão
Maturidade agora brota em ti feito um vulcão
Permito o meu e o teu sentir
Tudo é meu e teu devir
Pra juntos podermos seguir
Vlad Paganini