Vlad Paganini

DEVIR

DEVIR

 

Faço desse momento presente o renascer

Reinvento o melhor, quero o teu suor

Transmuto, mudo, deformo

Componho e recomponho

Danço rodopio giro feito peão

O futuro não é mais ilusão

É e sempre será teu o meu refrão

 

Hoje novos tempos novos ares

Nova temperatura

Invento apago rabisco

Me deformo me borro me rasuro

E encontro em mim a tua nomenclatura

 

Agora eu sou outro

Apago, rasgo, escrevo e me pinto

Penso que mudei transmutei

Mas é no teu corpo que eu me sinto, pressinto

Nada mudei

 

É na tua carne que escrevo

É no teu corpo que posso ser o que sou

Contiguidade do tempo

Reiniciar, recomeçar exercitar o sonhar

E tornar real

 

A vida é o que há de vir

Permitir o amar e sorrir

Recomeçar...

 

Sou agora apenas um pobre diabo

Tua lucidez juvenil é tudo ilusão

Maturidade agora brota em ti feito um vulcão

 

Permito o meu e o teu sentir

Tudo é meu e teu devir

Pra juntos podermos seguir

 

Vlad Paganini