DESCOMPASSO
‘Fechar os olhos, tocar teus pelos, sentir teu aroma, tua carne, ouvir teu coração
Tudo isso e muito mais foi enterrado em compassos
Não vivo mais em descompassos
Quero sim um amor de verdade, sem euforia e sem fim
Um amor poesia, cantoria
Um amor ousadia e que se entregue inteiramente em meus braços’
Minha cabeça era como uma pressão arterial
Batimentos agora não mais em descompassos
Meu coração agora se refaz dos pedaços
Que em descompassos deixastes todo em estilhaços
Eternos são os batimentos que batem com vontade
Procure agora os teus no bombar dos teus erros
Enrolei meus dedos em meus cabelos e em meus sentimentos
Desviei o meu olhar da tua melancolia e dos teus medos
E me encontrei!
Não desejo mais um amor com mistérios e segredos!
Descompasso eram meus batimentos descompassados
Hoje o vento traz em meu rosto
O meu céu, o meu tempo
Poesias que outrora relatava em meus guardanapos
Escrevo hoje uma nova história
Em batimentos calmos
Registro meus versos leves e compassados
Meu coração perambulava comparados a um salto alto
Sobre um trapézio equilibrava cambaleando em pernas bambas
Tropeçando minhas poesias por ladeiras
Ruas e travessas cobertas por névoas e dias nublados
Tudo em mim pairava descompassado
Até mesmo o teu amor renegado
Pingos da chuva me acompanhavam pelo teu vento
Vento sem perfume e sem tranquilidade
Lembranças me veem agora
De como eu me enganei com a tua falsa tempestade
Chuva e temporais sem o cheiro do frescor do mato
Gotas de orvalho seco me invadiam com a tua fraca saudade
Chuva continua gotejando compassadamente
Hoje com sabor de canela, na minha janela
Enterrando em compasso todo meu sofrimento
Clareando o céu que viviam em nuvens aflitas
Apagando todas as amargas e tristes lembranças
De um dia ter lhe permitido entrar em minha vida!
Vlad Paganini
05-02-2020
Batimentos hoje compassados
Meu coração segue meus passos
Só entregarei a chave e o meu segredo a quem seja prudente:
Amor bicho, verdadeiro, animal e gente!
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