Oh, se o amor que sinto ela soubesse,
Se os sofreres que tenho ela sentisse,
Provavelmente pediria que mentisse,
Pois só de prazer a vida a coubesse...
Quiçá qualquer que fosse a hora tivesse
Intensa ingratidão por quem a amasse,
Se de sua existência nada mais tentasse,
Eis a razão de detestar quem a quisesse.
Jamais compartilhar do amor que sonhasse,
Pois seu ódio dinamitava quem lhe dissesse
Do prazer de tê-la nos braços e a abraçasse...
Nunca a felicidade a faria com que casasse,
Rios de lágrimas havia em quem houvesse
De confessar à toa a paixão que lhe ficasse!
DE Ivan de Oliveira Melo