Paulo Luna

Que faço

Que faço

Dessas coisas

Que me povoam

                               A madrugada?

 

O silêncio de ébano

Fechado nos cantos

O pavor de haver

Um dragão desperto

                Sob a cama

 

O limite da tormenta

Incrustada

                No meu desejo

A fibra desmembrada

                Dos  dias

 

Que faço

Dessas coisas

Que não cabem

No limite

                Do poema?