Quem alega o que é legal,
pela raiva ou pela falta,
dá, claramente, um toque ou sinal,
quando renega, critica ou exalta.
O fiado humanismo é referência,
de uma prática elitista,
para exigir, como excelência,
uma resposta legalista.
Mas, ao nobre, falta a caridade,
pela exatidão do limite,
tão sublinhada na vaidade,
e na bondade que se omite.
Os efeitos de regras literais,
poe em jugo, a justiça e a razão,
e, na busca das minúcias legais,
a tirania tem sua mais forte consumação.
A verdade perde o seu campo,
dando espaço para o relativismo,
fixar firme, como um grampo,
no mais rigoroso ceticismo.
E, se na ânsia racionalista,
a verbalização se dá pela ética e moral,
o liberalismo, com sua sanha materialista,
destrona o que é mais fundamental.
Pesa o arrobo da inconformidade,
pela manutenção da estratificação social,
onde a justiça obtusa da neutralidade,
nada mais é que um reducionismo piramidal.
As mãos se tornam expoentes,
de indicadores nocivos e libertinos,
apontando, sem qualquer vertente,
para um nefando e corrosivo destino.
E, entre um humanismo prosaico,
e um legalismo marroaz,
há de se buscar no entendimento, um mosaico,
de que, com amor, se pode ter paz.
Ainda que o legalismo, no seu formato,
embeveça o viver a regra como tal,
fazer o bem é um belo e genuíno ato,
mas, não fazer o bem é fazer o mal.
De todo equilíbrio que sustenta,
da mais inopinada ameaça,
a adjetivação que mais alimenta,
é a compreensão, a lucidez e a graça.
De tudo que ao humanismo acentue,
o arrazoado que justifica a equidade,
é, para que na vida se perpetue,
a paz, o amor, a união e a liberdade!