O diabo não canta.
E o que mais me espanta.
Não sabe dançar.
As vezes se inflama.
Rolando na cama.
Triste a lamentar.
O diabo tem medo.
Cheio de segredos.
Tem medo de amar.
De tudo reclama.
E nem mais me engana.
Com o seu falso olhar.
O diabo é triste.
Mas de dedo em riste.
Sem pena nem dó.
A tudo resiste.
Sem saber se existe.
Ou já virou pó.