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Victor Severo

Pobre diabo.

O diabo não canta.

E o que mais me espanta.

Não sabe dançar.

As vezes se inflama.

Rolando na cama.

Triste a lamentar.

O diabo tem medo.

Cheio de segredos.

Tem medo de amar.

De tudo reclama.

E nem mais me engana.

Com o seu falso olhar.

O diabo é triste.

Mas de dedo em riste.

Sem pena nem dó.

A tudo resiste.

Sem saber se existe.

Ou já virou pó.