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Jonas Teixeira Nery

Esperança

Transparente manhã nos meus sonhos,

iluminam esse quarto transbordante,

entristecendo-me numa sinfonia distante.

Transportando esse corpo claudicante, nessa despedida.

 

Inconstância entre reflexões e lembranças.

Balouçando-me na desolação dessa vida,

envolvida na embriaguez de cada dia,

mergulhado nas marolas desse mar vadio.

 

Imprescindível essa luta constante...

Chorar para quê?

Não há milagres, só luta desigual, rebeldia!

 

Torrentes de emoções se avizinham!

Outra vez o amor desponta.

Indelével, impraticável, desconfiado, ressurge,

fascinando-me ao sabor desse espanto!

 

Não quero reconstruir meus medos,

nessa transparente manhã dos meus desejos.

Não quero a solidão de um quarto triste!

Sombrio é navegar nesses gritos ardentes...