Após a insônia...
Nas ermas horas da madrugada
Acompanhada por exaustiva insônia
Assisto nascer, o rebento da noite
Revela-se lentamente, choroso e tristonho
A progenitora o vestiu de cinza, fugiu sem perder a hora
Pariu o rebento soturno, nem mesmo saudou a aurora
Tristes dias, pesadas horas...
Assisto à fuga de pássaros, o novo dia que chora
Quisera adormecer a noite, mudar a cara do rebento
Assim, talvez sorrisse. E eu, teria maior contentamento
Parte a noite, também a insônia se vai
Cochilo, o relógio avisa: vá escrever sua história
Não há tempo, a manhã acolhe o rebento, sai
Vou à lida, carrego o sono, o dia e meus sonhos...
DR. Ema Machado.