Mony

Menina da saia amarela

Mulher, bonita, cheia de charme que faz da inteligência sua grande aliada 

És viajante,  em sua mente não há limite, há sonhos

Sonhos

Quando menina, sempre pedia para a mãe lhe trazer sonho, doces sonhos

Menina peralta, chamada de malcriada, mesmo assim ganhava sonho 

Menina que transformava seus sonhos 

Em ricas brincadeiras

Em sua imaginação palitos de fósforos se transformavam em gente, gente do bem

Personagens de suas histórias

Histórias contadas na pedra do quintal da casa da vovó Antônia 

Doce menina, trazia no peito muito medo 

Medo da vida, medo das pessoas, medo... 

Era seguro brincar com os fósforos, eles eram amigos, pessoas do bem

Criança medrosa, criança ousada, criança com medo de ser abandonada 

Além dos palitos, a menina gostava de brincar com o invisível 

Radiante, vestia um saião amarelo e se colocava a rodopiar, qual pião sem parar 

Não dizia o que estava a fazer 

Na sua cabecinha ela estava a receber 

Recebia espíritos de luz, que sem explicação ela só seguia sua intuição 

A menina  também brincava de igreja,

era quem pregava o sermão naquela ocasião 

Cadeiras enfileiradas lá ia ela pregar o sermão, para os irmãos que não existiam não

Em outras ocasiões colocava a saia amarela,

de pés descalço no quintal da avó,

Já ia ela rodando igual pião 

Eram momentos de maior segurança, pois em seu mundo não havia vilão, era pura imaginação 

Bela menina da saia amarela,

Menina corajosa por deixar- se envolver pela imaginação,

pela rica intuição que sempre esteve presente em seu coração valente 

Menina, menina da saia amarela, és arteira, és bela 

Bela menina que virou mulher 

Mulher valente, mulher pra frente, mulher que cuidou da sua cria sozinha 

Mulher que enfrentou o mundo,

na certeza que era protegida 

Protegida pelo mundo invisível

Por pessoas amigas da menina da saia amarela 

Nunca nada foi em vão, sempre na alegria ou nas fortes dores da vida 

Lá estava ela, protegida pela menina da saia amarela 

És bela e as vezes chora, chora o agora, chora o passado 

Mas não deixa de lado o que aprendeu com a avó,

de joelhos ou rodopiando ela enfrenta os mundos 

Seu mundo interno e o desafiador mundo externo  

Seguem elas 

Bela mulher independente e a menina da saia amarela

 

 

 

Por: Mônica Souza