Quero escrever
Dezoito poemas ácidos
No clarão da primavera
Sem sorrir
Para o desdém dos passantes
Sem ocultar
O meu choro
Ainda assim sorrir
Para a claridade do sol
Para a liberdade do amor
Mas cortar
Com fúria e sem temor
A tênue película
Que envolve o desespero
Olhar cada olhar
Que por mim passar
Buscando encontrar
Um cúmplice no desespero
Um aliado na revolta