Resplandece na estrada em que tu ias,
Um poente de saudades, um poente,
Que lembravas-me da folha que caias
Sobre o átrio do passado redolente.
Porque andas em estradas tão sombrias,
Minh\'alma caminhando novamente,
Ó vida que se vai em nostalgias,
Lamentos e luares reluzentes.
Carrega-te contigo essa dolência,
Que floresce no peito e que morre
Aos encantos de mística fulgência.
Na estrada em que tu ias ensombrece,
E a lágrima na face que lhe escorre
Traz mistérios áureos d\'uma prece.
Thiago Rodrigues