dizemos e repetimos, que sempre vamos ter alguém para contar
que não perecisamos resolver tudo sozinhos, mas precisamos, porque essa doce frase esperançosa não é verdade
amigos eles não estavam ali quando eu precisei, alguns até estavam mas eles não podiam me ajudar
família ou oque quer que seja essas pessoas que eu compartilho sangue, eles não estavam lá quando precisei
quem estava lá era eu, eu e um bando de nada, eu me afogava em meio a um mar de mim mesma e não tinha salva vidas
a úca pessoa que você pode contar é aquela que divide seu cérebro com você, é aquela sua outra parte que não tenta te comer
porque o resto ou ele te abandona, ou eles não sabem nadar
as vezes tentamos ajudar alguém com aquela cegueira de héroi, sendo que somos meros coadjuvantes que não conseguem nem salvar a própia vida
um dia eu acordei querendo libertar aqueles encarccerados em suas próprias mentes, e no outro percebi que era um deles
não salvamos prisioneiros, quando suas celas são suas própias cabeças, você pode os esperar cumprir a pena, pode os esperar escapar pelas gretas, ou escorrer pelos ralos como parte do esgoto cerebral
porque no final das contas, essas celas são feitas do material mais controverso,: os pensamentos, que de vez em quando parecem mais concreto
você amarra correntes em seus pulsos e pernas, é tão desesperador se prender a si mesmo, que você corta seus pedaços para ver se assim essas correntes te soltam logo
mas não funciona porque elas prendem sua alma, e não seu corpo
tem os fugitivos que derrentem esses pensamentos e saem de suas cabeças, mas fogem pelo resto de suas vidas de si mesmo
e tem os fortes que fazem chaves com sua própia dor, que derramam lágrimas em nome de sua liberdade
somos todos eles, podemos ser todos os dois, escolhemos qual queremos ser
as vezes só parece que vamos apodrecer nessas correntes da mesma forma que nosso cerebro apodrece tentando nos libertar
quem se liberta é você, a chave está bem aí na sua frente, só eu posso ver porque já saí de minha cabeça, só que no momento estou fugindo de mim
- a todos aqueles encarcerados