A buzina do automóvel
Alcançou os redemoinhos das gentes
Que estavam no círculo vicioso da noite
A fomentar as iniquidades da vida
Como se mazelas fossem ouro ou diamante.
Em cada gargalhada notava-se a hipocrisia
E nas palavras prolatadas os miasmas
Das inconsequências turbulentas dos idiotas.
Jogava-se fora o tempo por desocupação,
Perdendo as oportunidades do silêncio
E perturbando o repouso dos artistas.
Nas heresias tantas que ofuscavam a realidade,
Percebia-se a natureza fraudulenta do destino.
DE Ivan de Oliveira Melo