Sou poeta artesão do poema
Versejo a linguagem poética
Com subjetividade dialética
Os versos ressoam no além
Na translinearidade que vem
A suave magia da realidade
A poesia reflete a intimidade
Do avesso da alma também
Alguém palmilha vagamente
Por entre o renque de buritis
Ouve o cantar do bem-te-vi
O som melódico de saudade
Sente emergir a sensibilidade
Entre as palmeiras em flores
Fatiga a retina nas multicores
Lindo poema na subjetividade
Turva os olhos na folha verde
Reflexo da luz do Pôr do Sol
Lá no horizonte fugidio farol
Da estrela que vem surgindo
O infinito da noite emergindo
Tece o sono no escurecimento
Versos vertem no pensamento
Declamando me sinto Arlindo
O ar lindo sintetiza belo poema
Tal qual a rosácea ao florescer
No instante já do ensombrecer
Na sutileza da poesia predileta
Que deixa nossa alma inquieta
Fragrância do perfume da flor
Inflorescência cimeira de amor
Poesia que dita a vida do poeta