Lágrimas do Sol
Lágrimas do sol… memórias do sertão!
Tempo arisco que um dia me fez afugentar,
Dessa terra entristecida do sertão!
Deixaram marcas no olhar e no coração,
Me fez descontentar!
Da esperança vieram o medo de voltar!
Na varanda, uma rede a balançar.
A neblina minha companheira da noite
Traz a incerteza de um céu acinzentado,
Coberto por algumas estrelas errantes!
Lágrimas de chuva sem horizonte…
Ficava eu a esperar!
Quando a chuva vier, voltarei ao meu “habitat”
Na certeza de sonhar outra vez.
Na garganta, a vontade de gritar!
Lágrimas do sol, memórias do sertão
Vem a expressão…
Que um dia esvaziou o meu coração!
Lágrimas escoarão em meu rosto.
Pela gratidão, cada gota de chuva…
Que vierem à terra molhar!
Reencontrei na alma a vontade de viver.
Um coração flagelado!
No dia que o sol se desfez, meu bem-querer!
Nasceu nova esperança,
Um novo amanhecer!
_ Ernane Bernardo