Nicola Vital

MINHA ESPERANÇA

Oh, Banabuiê do meu encanto!

Tuas águas tênues, teus ipês sombrios, quanta saudade eu sinto!

Tua ingenuidade de menina moça, teu talento,

Saudades de ti pequenina eu tenho

De tuas ruas In-natura e pouco movimento.

De teu comércio ainda sem muito alento.

Ah, Banabuiê de seu primeiro intento!

Queria eu a ti voltar ao tempo,

E rever meu quintal às margens de quem te fizera Esperança

Aonde ainda eu criança

Brinquei com meus barquinhos de gazeta margem a margem

Então como Esperança.

Que rompe-me a maturação e faz migrar meus sonhos pueris

De crescer não ser criança

Se eu pudesse, neste instante, verter minha ilusão adulta.

Da inveja, da cobiça e do semblante.

Dormiria eternamente

Para não emergir aos meus sonhos de infante

Tampouco sentir o odor nauseabundo de quem a ti.

Fez surgir o progresso itinerante.