É enfadonho o fato da existência medíocre
No qual me submeto a cada instante
Como se tudo e o nada existisse, lado a lado, tudo em um só
Solitária agonia da busca incessante pela verdadeira vida
Vida, o que me traz a vida?
Desejos loucamente criados pela imaginação pueril de uma vida sem sentido
O sentido que me cabe e me descabe a todo instante desse pertencimento perdido
Perco-me no espelho, vislumbrando meus olhos caídos e brilhantes
Brilham não de alegria, e sim de tristeza, como poças d’água os observo
Observante atenção ao martírio de um limbo infinito
Infita essa dor, que não se cabe a uma vida, mas a várias criadas nessa propria
Criação para atemorizar, o que mais temo nesse instante:
Suplicante busca por algo que preenche e fica.