Amor e improbabilidade
Sentimento incompreendido
incertezas, não gosto.
Queria poder não sentir
Queria não ouvir, deixar para lá
Um olhar bastou
E já está lá, o amor.
Novamente, aquele sentimento
Repentino e carnal
Me perdoe, corro
Corro para não me machucar
Mas, teu olhar não dá.
Me olhe!
Veja, escrevo para ti
Escrevo para mim
Escrevo para esquecer
e deixar guardado, enternizado.
O amor é assim
Me leva, me deixa e me sintoniza
Deixe-me sintonizar na frequência
complexa de teu coração
Sou um eterno amante
A procura de uma alma qualquer.
Sinto teu cheiro
Acredite, improvável
Sorrio com teu sorriso
Me olhe, me sinta
Eu sou simples, palavras
Sou um poema da madrugada
Perdido em pensamentos.
Desprezo, insuportável
Não me deixe neste mar
Afogado em incertezas do amor
Procuro você, eterno peixinho dourado
Confie em mim
Sou náufrago esperando teu amor
E eterno amante de tuas linhas.
Preciso dormir
É verdade
o óbvio sempre foi meu desafio
O amor é enigmático
E, paradoxalmente, simples
É desafio e ternura.
Queria acreditar
Mas não
Vou esquecer.